sexta-feira, 30 de maio de 2008

ALMAS SÓS

Olhando esta vastidão de mundo...este interminável mar de areia...este magnífico contraste de cor... vem-me ao pensamento que esta ausência de vida é na realidade uma ilusão!
Assim é a vida de quem tem de, por necessidade da alma ou vontade do coração, lutar contra a aridez do dia a dia transpondo, na forma de cor, a beleza que nos rodeia para os olhos dos outros.
Por isso, uma sensibilidade dolorosa nos move, um desejo ardente nos acorrenta... fazer de tudo o que vemos um poema visual, mesmo que para o fazer nos afastemos, tantas vezes, da realidade.
Seremos então alienados... irresponsáveis... almas sós...
Num mundo que nos quer normalizados!!!

quinta-feira, 29 de maio de 2008

quarta-feira, 28 de maio de 2008

BELEZA




Só porque a beleza é tão necessária aos olhos



como a água à vida


POTE FAIANÇA


Este pote de faiança craquelada, foi decorado com um desenho de Rouen, cidade onde se produziram no século XVIII das mais belas e ricas faianças Francesas.
Neste caso foi usado o azul preto, que não sendo o mais próximo
da cor original, parece ser, actualmente a cor mais adequada para a realização deste tipo de trabalhos, dado que o azul dito de Delft é muito escuro e o azul cobalto se apresenta por vezes arroxeado, quando aplicado em zonas que exigem alguma transparência.
Depois queima, uma só para evitar qualquer percalço ao levar à mufla mais do que uma vez este tipo de faiança bastante frágil, foi aplicada uma patine, de betume judaico e terebentina, para realçar o craquelado.
Pormenor interessante - todo o desenho foi feito à vista, directamente na peça, pela artista.
Trabalho exec. por Elsa Masters

terça-feira, 27 de maio de 2008

PASSEIOS DE INVERNO

Tela - Ana Oliveira e Costa



Passeios de Inverno pela cidade molhada da chuva.
Velhas fachadas , rachadas pelo tempo que passou e deixou marca.
Sombras que se adensam sob o céu pesado e cinzento.
Manchas de luz, aqui e além, réstias de sol espreitando quem passa.
Ruelas de Lisboa, onde parece ainda ouvir-se a voz rouca dos pregões, das crianças a jogar à bola, das vizinhas de janela para janela.
Nesta Primavera que retarda o Verão e nos deixa nostálgicos de sol, lembrei de novo esses passeios que, mesmo tão recentes, são já passado!
Que venham os passeios ao sol, o calor, os banhos de mar, a luminosidade especial que só esta cidade tem...para transformar a nostalgia... em gostosa lembrança de andar à chuva.

segunda-feira, 26 de maio de 2008

FAIANÇA

Peças de Ana de Oliveira e Costa


Três peças de faiança, que partindo da chacota rustica e àspera, se tornaram em elementos de decoração.
Com tintas reactivas se conseguiu o efeito de metal fundido.
Com vidros escorridos um tudo nada de fundo do mar.
Com vidro craquelé e posterior pintura um certo ar de coral.
Muito mais se pode fazer com este material e a imensidão de vidrados existentes no mercado.
Haja imaginação.