No tempo dos maracujás era Verão
A cidade cheirava a àgua fresca a cantar nas pedras da calçada
Do terraço só a muralha do castelo limitava o céu infinitivamente azul
Nos beirais as asas dos bombos arrulhavam namoros intermináveis
As nossas vozes murmuravam gritos em segredo
E os dias morriam encantados ao pôr-do-sol sobre
Lisboa
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