segunda-feira, 23 de junho de 2008

MARACUJÁS


Óleo sobre tela trabalhado à espátula


No tempo dos maracujás era Verão

A cidade cheirava a àgua fresca a cantar nas pedras da calçada

Do terraço só a muralha do castelo limitava o céu infinitivamente azul

Nos beirais as asas dos bombos arrulhavam namoros intermináveis

As nossas vozes murmuravam gritos em segredo

E os dias morriam encantados ao pôr-do-sol sobre

Lisboa


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