
Imagem Google
Apetece-me hoje poesia, simples, directa e sem filosofia... um soneto de Florbela Espanca:
Amo as pedras, os astros e o luar
Que beija as ervas do atalho escuro,
Amo as àguas de anil e o doce olhar
Dos animais, divinamente puro.
Amo a hera que entende a voz do muro
E dos sapos, o brando tilintar
De cristais que se afagam devagar,
E da minha charneca o rosto duro.
Amo todos os sonhos que se calam
De corações que sentem e não falam,
Tudo o que é Infinito e pequenino!
Asa que nos protege a todos nós!
Soluço imenso, eterno, que é a voz
Do nosso grande e mísero Destino!...
4 comentários:
Estás como eu!
Há dias assim de amar até mesmo o nosso destino ainda ignorado...E dias em que o sol nos diz que o destino é sempre grande e iluminado por tudo o que de bom nos acontece, porque até o mau é como a chuva forte que magoa mas faz germinar a semente e nascer as flores...
Este trio precisa de pôr a alma ao sol.
bjos
Tita
Oh Tita grande ideia...temos mesmo de despir a alma de velhos sentimentos cheios de mofo e pô-la a arejar nem que seja à janela!!!
bjs
Ana
Enviar um comentário