A água plácida, correndo entre margens de gente, enruga-se no encontro com o mar.
Encrespa-se levemente com a brisa da tarde, tem vontade de recuar, sente o sal e a corrente, teme a longura dos horizontes.
Como uma lágrima que cai e se arrepende, o rio quer voltar atrás, à inocência e à alegria de cantar, pequenino, de pedra em pedra, entre brilhos e reflexos intermitentes, de luz e sombra.
O rio cresce a sonhar com o mar e morre a cumprir o sonho.
E todos os dias, morrendo, a sua beleza é um adeus que nunca acaba.
Foto Ana Oliveira
9 comentários:
Linda foto e composição...
Lindo lindo lindo
adorei o texto, a foto.
morrendo dia a dia vamos sonhando e vivendo.
beijo
PS: espero que esteja tudo a correr bem
Morre nos braços do mar, confundindo o sal e o sonho.
Cada lágrima, é uma gota dum rio que guardamos dentro de nós e que nem sempre as margens conseguem segurar. Normalmente, não se arrependem de cair, mas pudicamente, gostam de se manter invisíveis...
Beijos
Bom dia!
Eu sou aquele rio sereno e calmo,
E você é o meu imenso oceano.
Que vou desaguando palmo a palmo,
Meu amor! que é por ti! a quem amo!
Você me recebe e me acalma,
E me leva a lugares distantes.
Aquece e conforta a minh’alma,
E já não sou mais rio errante.
As tuas águas me acalentam,
Me confortam e me aquecem
E me transforma rio em oceano.
Somos águas que se juntam
E jamais desaparecem,
Como o mar!.. assim eu te amo! …
(Elcio Moraes)
Nafta
Friend
Obrigada
Gostaste do ar dramático que dei à foto?
Beijos
Ana
Kris
Obrigada
Todos os dias morremos um pouco...importante é que essa morte seja do corpo e não do coração ou da alma!
Está tudo indo bem.
No próximo fim de semana, cafézinho e muita conversa para pôr em dia!
Beijos
Ana
Simplesmenteeu
O rio de lagrimas que transportamos no coração...entendeste perfeitamente a ideia.
No entanto, as lagrimas são parte de nós, na alegria e na tristeza, são a nossa forma de regar as emoções e as transformar em sentimentos, como a chuva transforma a natureza.
Beijos
Ana
Naft
Que lindo poema a coroar a ideia que me queimava por detrás das palavras.
Há sempre um rio, há sempre um mar...
Beijos
Ana
É isso. Um eterno adeus...
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