A manhã começa lentamente.
A sala vazia esconde as palavras e o riso.
Dos pincéis escorrem tintas em danças imaginadas.
Cada peça, por pintar, inventa-se em desenhos e cores.
Uma tela quase pronta, mira-se no meu olhar, indecisa.
Outra, ainda em branco, inquieta-se na minha mão.
Fora da janela um pássaro canta, num ramo verde.
Cá dentro o relógio marca o tempo, do meu desejo:
Ficar em silencio a ouvir o que as coisas querem ser.
Foto Google
8 comentários:
E eu fiquei em silêncio relendo-te, pensando e deixando passar o tempo, fazendo nada... apetece, às vezes...
Beijo
Que fácil é ficar aqui. E imaginar essa dança de cores.
Adivinhar o estremecimento das telas, na mão que lhes vai dar vida e movimento.
Lá fora, um pássaro canta, desejoso de saltar para dentro das cores...
Beijos
Eu não pinto. Mas compreendo-te. Beijos.
Maria
Apetece mesmo! Deixar o tempo correr por fora enquanto paramos por dentro!
Beijos
Ana
Simplesmenteeu
Por vezes a calma de um lugar muito nosso, passa por olhar à volta e saborear a quietude, como se fossemos mais um objecto, com a mesma alma dos outros objectos, senti-los e deixar-nos sentir por eles.
Beijos
Ana
Paula
Eu não escrevo...mas imagino o sentimento perante o vazio onde as palavras querem fazer sentido e como deve ser bom, parar a saboreá-las, construindo e desconstruindo, com elas, a ideia.
Beijos
Ana
FICAR EM SILÊNCIO PARA ESCUTAR O DESEJO DAS COISAS...QUE QUEREM ELAS DE NÓS...LINDA FOTO, BELO POEMA...
ABRAÇO SENTIDO
Ana já não vinha aqui há uns dias...
Este post,ilustra bem a vida de artista...
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