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Serei areia a esgotar-se entre dedos cansados
cor roída na voracidade crua do tempo
palavra solta num caderno sem linhas
desvanecida a tinta que a tornou realidade.
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Serei dança em pontas que não me erguem
rasto de linha quase pura em tela carcomida
jogo de luz quente e sombra misteriosa
num quadro que ninguém adivinhou.
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Serei sempre o mesmo verbo murmurado e breve
que me soltou ao vento acre da loucura
e não me espanta o regresso da certeza
de ser assim no tempo repetida.
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Fotomontagem Ana Oliveira e Costa
3 comentários:
como sempre, gosto de aqui vir.
Um abraço-
SERÁS TUDO O QUE QUISERES SER...A VIDA DEU-TE A VOCAÇÃO DA ARTE ....O TALENTO PARA TRANSFORMARES AS COISAS...E DE O FAZERES LIVREMENTE E COM MESTRIA...
BEIJO GRANDE
Bonito, o teu Tempo...
Um beijo.
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