Sossegadamente segura e neutra
cinza de penumbra a lembrar a luz
assim os dias em que a alma se quer nua
e o coração já não aspira nem demite
nenhum sonho ou desejo
em livro de horas desusado
é a memória que se segue linha a linha
na ponta do dedo que a cegueira ordena
e a vontade sem vontade aceita
clara e lúcida assunção da vida
a olhar a cor por fora do vazio
mão que cerrada a cortina
repousa ainda tensa e pronta
sobre as páginas em branco do resgate.
Foto de Vernon Trent
7 comentários:
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(alice)
Só com belas memórias
se podem almejar
promissores amanhãs
Sempre um sonho nos arrasta. Não podemos deixá-lo para trás...
Um beijo.
Gostei do blog,estou a te seguir e eu sempre estarei aqui a te lêr e comentar bjos de bom dia!
É a memória que guarda tudo!!! E sabe o que se esconde por detrás da cortina...
Beijo
A seu tempo todos somos resgatados... Há que respirar!!!!! ;)
Um memória sublimada nas palavras, que dói, que arde, mas que é pertença.
Beijinho, Ana, e a minha sincera admiração.
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