domingo, 18 de maio de 2008


Sob os passos dos homens a calçada... pedras talhada a golpes de cinzel pequeno. Enorme o esforço de estar, à chuva ou ao sol, numa via sacra de pequenos e precisos golpes, construindo o mosaico do quotidiano...
Uma esplanada de mesas pequenas, cadeiras de ferro, à sombra de uma àrvore...
Conversas lentas, olhos perdidos no horizonte do rio... Fim de dia quente, de Primavera...
Por entre o ruido baixo das vozes, o monólogo dos pardais, filosofando pedaços de queque, discutindo restos de torrada, voando medos, voltando atrevimento...
E o dia caindo devagar, o sol a fugir escorrendo roxos e laranjas.
Hora mágica de voos ordenados para o refugio dos ramos
onde as folhas novas e verdes murmuram canções de embalar!

2 comentários:

Benó disse...

Bonita homenagem ao pardal.Parabéns, Ana. Compôs um bonito texto.
Um grande abraço.

Ana Oliveira disse...

OLÁ BENÓ
O PARDALITO SEMPRE À NOSSA VOLTA, TÃO HUMILDE E TÃO SÁBIO NO SEU ESTAR DE NÃO SEMEAR NEM COLHER E TER TODO O CÉU COMO LAR...