sábado, 4 de julho de 2009

ALMOÇO DE VERÃO

Como manda a tradição de quase 20 anos, mais uma vez se juntou um grupo de alunas para o almoço, que marca o início do período de férias de Verão. Desta vez não aconteceu no Atelier porque tivemos como maravilhosa anfitriã a Orieta que nos recebeu com a gentileza e o requinte que lhe são peculiares, na sua casa do Estoril "a ver o mar".

O grupo que esteve presente

Conversas de varanda com a Lena e a Maria José

A Jesus, a Lourdes, a Helena e a Maria José a fazer pose

A Helena, a Orieta e a Raija, Portugal, Guatemala/Áustria e Finlândia

Com a Raija, a Ivone, a Manuela, a Zé e a Maria José

As amigas do peito Raija e Patrocínia

A Lourdes, a Zé e a Patrocínia num momento de repouso

E eu antes de soprar as velas da coincidência e oficializar os 56


O bolo, carinhosamente feito pela Ivone, a Gata Louceira, enfeitado com lindas rosas naturais.
Mil palavras não seriam suficientes para descrever, os detalhes da cuidada decoração, o sabor de tantos e tão variados "petiscos", o champanhe com o segredo especial da flor de sabugueiro, as risadas, os brindes...e até o facto de me terem, pela primeira vez na vida, conseguido pôr um
chapéu de aniversariante com musica e tudo!
O melhor presente que recebo é a imensa amizade de todas as alunas e amigas, e este foi o embrulho e o laço perfeitos para o receber.
Obrigada a todas.
E porque a saudade se instala com a ausência...o Atelier continua aberto para quem não está de férias!
Fotos Raija Durão e Ana Mamede

quinta-feira, 2 de julho de 2009

PASARGADA





Vou-me embora pra Pasárgada
Lá sou amigo do rei
Lá tenho a mulher que eu quero
Na cama que escolherei
Vou-me embora pra Pasárgada

Vou-me embora pra Pasárgada
Aqui eu não sou feliz
Lá a existência é uma aventura
De tal modo inconsequente
Que Joana a Louca de Espanha
Rainha e falsa demente
Vem a ser contraparente
Da nora que nunca tive

E como farei ginástica
Andarei de bicicleta
Montarei em burro brabo
Subirei no pau-de-sebo
Tomarei banhos de mar!
E quando estiver cansado
Deito na beira do rio
Mando chamar a mãe-d'água
Pra me contar as histórias
Que no tempo de eu menino
Rosa vinha me contar
Vou-me embora pra Pasárgada

Em Pasárgada tem tudo
É outra civilização
Tem um processo seguro
De impedir a concepção
Tem telefone automático
Tem alcalóide à vontade
Tem prostitutas bonitas
Para a gente namorar

E quando eu estiver mais triste
Mas triste de não ter jeito
Quando de noite me der
Vontade de me matar
— Lá sou amigo do rei —
Terei a mulher que eu quero
Na cama que escolherei
Vou-me embora pra Pasárgada.

Manuel Bandeira in "Bandeira a Vida Inteira"




Foto Google

terça-feira, 30 de junho de 2009

ILUSÃO


Há o tempo de ser apenas sombra verde, do botão da flor que há-de ser. E o tempo de ser o rasto rubro, na corrente da chuva que caiu.
Entre o verde e o vermelho, entre a primavera e o Outono, o longo verão é todo luz e cor, realidade e reflexo, musica e riso.
E quando o sol, na terra adormecida, espalha o dourado da última estação, é que o canto dos pássaros no ninho, o som das cigarras no restolho e o pingar da chuva na calçada, tem o sabor de um vinho já provado.
Então a vida, presente e apetecida, enche de novo a taça das quimeras, para que os sonhos não se percam e as asas não deixem de voar.
Foto Google

domingo, 28 de junho de 2009

PROCURA


"Aquele que já não consegue sentir espanto nem surpresa está, por assim dizer, morto; os seus olhos estão apagados."
Albert Einstein
Foto Google