domingo, 16 de novembro de 2008

O BAÚ DA AVÓ


Preguiçando entre lençóis, com o sol a invadir o quarto e a imaginar o frio lá fora, lembrei-me do baú da avó...que na infância tanto divertiu as crianças da família, vestindo e despindo, pondo e tirando chapéus, enfeitando com colares e xailes as nossas miniaturas de gente...


Havia também um ou dois fatos de Carnaval...a mulher do Minho e a ceifeira do Alentejo...


E as saias que as mães já não usavam, mas ainda estavam na nossa memória de colo e mimo...



Então levantei-me com vontade de vestir uma saia...uma qualquer, dessas antigas...com história... como as da avó, onde entre risos, nos escondíamos uns dos outros a brincar à apanhada.

Fotos Google

11 comentários:

Maria Bettencourt Lemos disse...

Olá Ana Oliveira,
O baú da Avó é no minimo muito rico e brutal...adorei estes exemplares!
Um abraço e boa semana
Maria Lemos

Ana Oliveira disse...

Olá Maria

O baú da avó tinha muitas mais coisas...giras...capazes de pôr a cabeça das crianças a imaginar as cenas mais engraçadas para imitar os adultos, mas as saias sempre me encantaram, por ficarem até aos pés...

Boa semana

Beijos

Ana

Anónimo disse...

Tenho inveja, muita inveja (da boa), por não ter um baú com coisas das minhas avós. Elas tinham roupas tão lindas!
Boa semana Ana

Anónimo disse...

Esta coisa das saias tem muito que se lhe diga. É verdade que nenhum atavio é tão elegante e feminino como uma bonita saia comprida. Satisfaz as nossas necessidades mundanas de vaidade, o que é, por si só, um luxo que deveríamos ter o direito de reivindicar sempre. Mas pode trazer-nos alguns revezes. São bem conhecidos dichotes do género “fulano não larga a barra da saia da mãe”, “sicrano não larga as saias da mãe” ou “beltrano vai logo a correr para debaixo das saias da mãe”. A figura da mãe, já se sabe, é omnipresente. Ora, o que acontece por vezes é oferecermos efectivamente as nossas saias como abrigo para uns pretensos mendicantes. Querem ajuda, querem afecto, querem conforto. Querem sobretudo fugir. Esses falsos desalojados correm para a sombra reconfortante das nossas saias quando a vida lhes corre mal. Se, entretanto, os dados começarem a jogar a seu favor, abandonam o tecto de rico tecido, trocando-o por asilos mais oportunos, sem sequer um agradecimento. Às vezes, com um não sentido mea culpa , pois gostam de provar-nos quão humanos são. Mas estão sempre na disposição de regressar, esteja a saia também disposta a recolhê-los da rua da amargura! Este teatrinho vaudeville pode repetir-se até à exaustão, desde que vá havendo paciência de um lado e de outro e uma força sobre-humana para acreditar. Sim, porque a mentira é constante, muito embora sempre mascarada de indignação, pudor, princípios, valores. Este tipo de sem abrigo é como um ditador exilado. Ao país que o acolhe, o tiranete, porque se sente importante, apaparicado, válido, promete fidelidades e reconhecimentos eternos, traça projectos conjuntos para o futuro, insiste em formar alianças incorruptíveis. Garante até financiamento para as suas actividades obscuras. Tudo planos que deitará por terra logo que se sentir novamente na mó de cima. Ou quando outro país lhe acenar com melhores condições e mais variada oferta. É por isto que a cautela nunca é demasiada. Não devemos arredondar demasiado as saias para não dar espaço a quem o não merece. É óbvio que há quem não prefira ver. A ignorância e a credulidade são simpáticas, são santas: poupam-nos.

Ana Oliveira disse...

Fatima

Os baús das avós estão geralmente cheios de roupas lindas, e adereços fora de moda, mas adoráveis.

Boa Semana

Beijos

Ana

Ana Oliveira disse...

m.

O baú da avó e as saias da mãe têm, realmente, tudo a ver com a santa ignorância crédula...abençoadas sejam!
Fico satisfeita por este post, simples...diria até simplório, ter suscitado um tão elaborado e filosófico comentário.

Volte sempre.

Anónimo disse...

Não fui ao baú de minha avó, mas fui à minha adolescencia. Quando tinha 15 anos dancei "O Vira" dança típica portuguesa e para isso precisava de um avental bordado. Fui a casa de uma Portuguesa que conhecia e ela me emprestou um avental bordado que ela tinha e, como eu sabia bordar e costurar fiz o meu igual ao dela. Ficou lindo. Ainda tenho este avental. Vou tentar fotografar e postar em meu blog.
Bjs Rosângela Campos

APO (Bem-Trapilho) disse...

adorei!

Ana Oliveira disse...

rose
Simpatico da sua parte partilhar connosco a sua história.
Se postar a foto, diga aqui para podermos ver, ok?

Beijos

Ana

Ana Oliveira disse...

APO

Obrigada

Beijos

Ana

2007friend disse...

Olá Ana grande confusão geraram as tuas saias...uma duas ou sete saias...pois sim há quem as tenha...
Pois sim o mais importante é saber-mos aceitar a cultura de um povo onde estamos inseridos quer queiramos ou não, pois se não...quem estiver mal que se mude...
A antiguidade faz pois parte da nossa História, cultura de um povo.
Povo inteligente valoriza a sua cultura e a sua História.
Boa entrada, ou melhor boa postagem