quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

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Roubam

a cor às rosas para pintar arco-íris de papel e inventar jardins em peles maceradas

Destilam

o perfume das flores para ouvir cantar essências a meia voz em bocas doridas e cerradas

Cortam

a suavidade das pétalas para acariciar distantes ventres frios e nuas pálpebras geladas

Choram

de mãos vazias e corações sem esperança a aridez do leito jazente de vidas imploradas

E na roda das galáxias gritam incrédulas as sementes

ignoradas.

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Impertinência Ana Oliveira e Costa

6 comentários:

Luna disse...

Que pena serem ignoradas, pois a essência de tudo encontra-se na semente
beijinhos

João Videira Santos disse...

Palavras,metáforas,sentidos incomuns...Gosto!

maria josé quintela disse...

lindo!





beijo.

Ana Oliveira disse...

Multiolhares

Só não se perdem as sementes que guardamos dentro de nós!

Um beijo

Ana Oliveira disse...

João

...Obrigada!!

Ana Oliveira disse...

Maria José

Obrigada.


Um beijo