:
::
Rezo a um deus desconhecido, que não regarei com lágrimas nem sangue, uma prece repetida e concêntrica.
Sem cruz nem dor, como rezam as folhas que o outono rodopia e as gaivotas em voos picados sobre o mar.
Oração de rio sem medo de ser foz. De árvore que não recusa a bênção do vento.
Rezo sem contas entre os dedos, sem palavras sagradas, sem pão e sem vinho.
Cântico sem som em lábios que se não movem. Círculos de tranquilidade no desassossego da vigília.
:
:
5 comentários:
Que as suas rezas e seus cânticos sejam ouvidos por quem se destinam.
reza a um deus desconhecido que vive em nós
um beijo
eu nao sei rezar...mas invento as minhas oraçoes.
beijo
Lindo demais.Já tinha saudades de andar por aqui. Beijão e um bom fim de semana
Há sempre vigília no cuidado eterno que temos com o outro mas também, com o que devemos ter connosco... Beijo.
Enviar um comentário