terça-feira, 30 de junho de 2009

ILUSÃO


Há o tempo de ser apenas sombra verde, do botão da flor que há-de ser. E o tempo de ser o rasto rubro, na corrente da chuva que caiu.
Entre o verde e o vermelho, entre a primavera e o Outono, o longo verão é todo luz e cor, realidade e reflexo, musica e riso.
E quando o sol, na terra adormecida, espalha o dourado da última estação, é que o canto dos pássaros no ninho, o som das cigarras no restolho e o pingar da chuva na calçada, tem o sabor de um vinho já provado.
Então a vida, presente e apetecida, enche de novo a taça das quimeras, para que os sonhos não se percam e as asas não deixem de voar.
Foto Google

12 comentários:

2007friend disse...

Olá Ana, mas que linda ilusão...
Bjs

Ana Oliveira disse...

Friend

Como todas as ilusões...

Beijos

Ana

Mary C.M. disse...

Olá Ana, antes de mais tenho que comentar o post,pois esta é uma imagem invulgar da natureza deslumbrante que nós rodeia e não conseguimos ver...e captada com a perícia que só um artista consegue..e este comentário fica para a maioria dos posts que por aqui brilham!!!
Obrigada pela visita, e passe mais vezes.
Um beijo

mariabesuga disse...

é sempre uma questão de tempo que tudo mude de côr e às vezes de sentido. só é preciso ensinar os sentidos (os nossos) a não deixarem as asas paradas. é preciso continuar a voar...

abraço
mariabesuga

Paula Raposo disse...

Tão bonito este pedaço de escrita...beijos.

Ana Oliveira disse...

Mary

É linda esta foto de uma borboleta coberta de gotas de chuva, como se fosse possível ser ainda mais bela.
Obrigada por ter vindo...eu voltarei sempre.

Um beijo

Ana

Ana Oliveira disse...

Mariabesuga

Por vezes fechamos as asas para recuperar o fôlego e vamo-nos esquecendo do voo, até que a memória do que fomos nos levanta de novo do chão.
Obrigada pela visita e pelas palavras tão "saborosas".

Um beijo

Ana

Ana Oliveira disse...

Paula

Às vezes, deixando o pensqmento correr distraído, chegamos a conclusões importantes, prementes, necessária...

Um beijo

Ana

simplesmenteeu disse...

Uma borboleta embelezada pelas suas próprias lágrimas!
Lindissimo este post!
A sabedoria em renda e pontas, no teu texto-poema.

Na taça onde o vinho se adoçou, volta a vida a celebrar-se. Os lábios, são novamente asas a desenhar e a dançar a vida.

Beijo grande

Ana Oliveira disse...

L.

Obrigada.

Sim, rendas tece-as o tempo quando nós somos a seda. E somos também a asa a voltear a taça, ora cheia, ora vazia, do néctar nem sempre doce que a vida nós faz presente.
Preciso é estar...

Beijos

Ana

David disse...

Parabens pelo excelente blog....
adorei os textos e a ilustração dos mesmos... continue
Blessed be!

Ana Oliveira disse...

David

Obrigada pelo apreço.
Espero manter esta forma de estar e de transmitir o que sinto.

Namastê

Ana