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O medo é uma brasa a arder no coração das flores
mata de sede como as searas que a chuva abandona
e o chão abre-o em fendas para que o pranto
lhe regue a colheita de mágoas.
O medo é um cardo
teve o cheiro do nardo e a sombra do trigo
antes de ser semente enlouquecida
na agonia de germinar e ganhar raíz em terra de ninguém.
O medo tem dedos como ferros
apertados na garganta sem palavras.
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Foto Ana Oliveira
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9 comentários:
Amiga...maravilha de foto e palavras. Há algum tempo que não vinha aos blogs...hoje passei uma parte da tarde no teu espaço e saio também eu super feliz...obrigada! Jhs
Belíssimas as tuas palavras e uma foto (mandala)... que adorei.
Um beijo
Chris
Maria Clarinda
Obrigada
Bom saber que este "lugar" faz feliz alguém...para além de mim.
Um beijo e...até breve...espero!
Chris
As palavras nascem sabe-se lá de onde...
a foto é mais uma brincadeira sobre duas fotos que tirei...ainda bem que gostas oH "expert"
Beijinhos
Chris
Peço desculpa do tom de brincadeira da minha resposta...julgava, na minha pressa que falava com outra amiga Cris que é muito boa fotógrafa.
Um beijo
levei este poema por empréstimo.
espero que não se importe.
obrigada!
Beatrice
Claro que não me importo!
É uma honra para mim...
Um beijo
e, no entanto, sem o medo, que seria desta arte de escrever?
um beijo, menina ana*
Alice
Creio que o "medo" pode ser a mola de muitas e boas manifestações de arte...principalmente a da escrita que permite, a medo, descrever os "medos" que nos habitam
Um beijo
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