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Chagas Ramos - Artificio sobre o Tejo
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É sobre o rio que me vejo inteira e nua
debruçada sobre as pedras a lavar lençóis de mágoa
memórias desbotadas de gritos sem sentido
restos de sonhos que o tempo amarrotou.
É do rio que me vem com as marés
o cheiro a mar aberto a vento e chuva fria
que um dia me revolveu e encharcou
as asas com que já não sei voar como sabia.
É no rio que desaguo a raiva de ter sido
a ponte entre margens que não quis perder
perdulária do tempo da certeza
e me encontro de novo e nova em mim.
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11 comentários:
ANA
Hoje em PRAGA o dia foi mau...
Choveu todo o dia.
esteve frio.
espero que amanhã o Sol venha mas...não vejo nada.
Beijos
Ana
acho que este é melhor poema teu que já li.
nostálgico mas com tanta riqueza de palavras.
obrigada pela partilha!
beij
em tempo.
a foto escolhida, também e só por si é um verdadeiro poema.
parabéns ao seu autor.
beij
Lindo o seu poema.
O rio "lava a alma" !!
beijinhos
Lili
Espero que o tempo tenha melhorado...:)))
Beijos
Piedade
Obrigada...palavras que se soltam, se juntam e dizem o que sinto sem saber muito bem como :)))
Quanto à fot também gosto muito desta tela do Chagas Ramos...dir-lhe-ei do teu apreço.
Um beijo
Partilha de silêncios
Obrigada.
O rio "lava a alma", aquieta o coração e sempre duas margens que se querem ou não unidas...
Um beijo
Confiança no rio, que representa a continuidade da vida. A corrente que não cessa. mMito lindo!
levei este poema seu por empréstimo, se não concordar será imediatamente retirado(com muita pena minha)
obrigada!
Blog do Profex
A vida é um rio em todas as suas manifestações, da nascente à foz, navegar nele uma "ciência" que se aprende com a experiência.
Obrigada pela visita
Beatrice
Fez bem.
Eu é que agradeço, por ter gostado e levado.
Um beijo
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